Flávio José Cardozo

Flávio José Cardozo nasceu na região carbonífera de Santa Catarina, no município de Lauro Müller, em 1938. Estudou na vila do Guatá, depois em Turvo, Tubarão, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Freqüentou o Curso de Jornalismo da PUC-RS. Trabalhou no Departamento Editorial da Editora Globo de Porto Alegre, foi diretor da Imprensa Oficial de Santa Catarina e da Fundação Catarinense de Cultura. Integrou por vários anos, o Conselho Estadual de Cultura e pertence à Academia Catarinense de Letras. Como ficcionista, publicou os livros de contos Singradura, Porto Alegre, Globo, 1970, 2ª ed. Porto Alegre, Movimento, 2002; Zélia e outros, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1978, 2ª ed. São Paulo, FTD, 2001, e Longínquas baleias, Florianópolis, Lunardelli, 1986. A Editora Record lança, ainda em 2005, o livro Guatá, com narrativas ambientadas na vila operária da infância. O escritor tem-se dedicado também à crônica, com larga atuação na imprensa. Manteve por oito anos coluna diária de crônica no “Diário Catarinense”. Publicou nesse gênero: Água do pote, Florianópolis, Lunardelli / UFSC, 1982; Sobre sete viventes, Florianópolis, Sanfona, 1985; Beco da lamparina, Florianópolis, Lunardelli / Diário Catarinense, 1987; Sofá na rua, Florianópolis, ACES, 1988; Tiroteio depois do filme, Florianópolis, Lunardelli / Diário Catarinense, 1989; Senhora do meu Desterro, Florianópolis, Fundação Franklin Cascaes / Lunardelli, 1991; Trololó para flauta e cavaquinho (em parceria com Silveira de Souza), Florianópolis, Garapuvu, 1999; Uns papéis que voam, São Paulo, FTD, 2003. Estreou na literatura infanto-juvenil com O tesouro da Serra do Bem-bem, São Paulo, Saraiva, 2002. Participou de diversas coletâneas de contos. Com Salim Miguel e Silveira de Souza organizou as coletâneas Este mar catarina, Este humor catarina e Este amor catarina. Traduziu O aleph e História universal da infâmia, de Jorge Luis Borges. É intensa a atividade do escritor nas escolas – do nível fundamental à universidade – em decorrência da adoção e estudos de seus livros. Flávio José Cardozo mora em Santo Antônio de Lisboa,  Ilha de Santa Catarina (Florianópolis).

O TESOURO DA SERRA DO BEM-BEM

Xandro, Leco e Lucinha foram passar um feriado prolongado na chácara do vô Pedro, que fica em Santo Antônio de lisboa, Santa Catarina. Lá eles encontraram um cenário fantástico para se aventurarem com a "caminhonete XLL-1000". Numa manhã de sol, tomaram o caminho da Serra do Rio do Rastro, mas foram surpreendidos por um canto muito estranho. Todos pararam para ouvi-lo: "Bem-bem-bem-te-te-vi. Bem-bem-bem-te-te-vi. Bem-bem-bem-te-te-vi."

Ilustrações: Evandro Luiz
Editora Saraiva - 2ª Edição

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