Pensar num país de leitores é um desafio a toda a sociedade brasileira, principalmente quando pensamos que a leitura até bem pouco tempo pensada apenas na forma impressa, hoje concorre com tantos atrativos eletrônicos e digitais que a princípio concorrem com o tempo dedicado a leitura. No entanto este projeto, pensou em aliar a formação de leitores em meio impresso e digital, pelo viés da contação de histórias oral e digital e valorizando os autores catarinenses.
Enfim foi extremamente prazeroso e significativo trabalhar nesta intervenção, mesmo sabendo que o tempo foi pouco, que tivemos problemas com conexão de internet e que não temos obras visuais impressas e digitais de autores catarinenses direcionadas ao público infantil, percebemos o quão valioso e significativo foi este trabalho.
A partir deste trabalho, damo-nos por satisfeitas, chegou as nossas mãos obras de Anair Weirich, lançado recentemente na Feira de Literatura de Passo Fundo, a cidade que mais possui leitores neste país segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2008). Também chegou as nossas mãos os livros de Dinara Tessari, autora que possui obras em português e libras e recentemente estará lançando o livro “O Fantasma Amarelo”, em libras, português e braile. Também ficamos felizes por ter recebido o ebook, Danilo, sua mochila e seus amigos de Neida Rocha, o qual considero o 1º ebook de literatura infantil catarinense, visto que até então, a data do inicio do projeto pesquisei e não encontrei outros. Hoje já temos, como o "Amigos" de Anair Weirich! Outra satisfação que tenho é de ter recebido o livro “Troca-troca dos dentes”, de Dóriz Rocha Ruiz, com imagens de alta definição, e que fala das células tronco encontradas nos dentes de leite, e que já foi lido no Museu de Língua Portuguesa em São Paulo.
Finalizamos este trabalho percebendo o quanto é necessário investir em formação de leitores e também o infindável número de obras de literatura infantil catarinense que temos e o quanto é necessário de que haja investimentos na valorização dos mesmas e quantas lacunas encontramos também nesta literatura. Partindo deste princípio o coordenador pedagógico deverá sugerir, proporcionar condições e propiciar situações para que os professores, principalmente dos anos iniciais do ensino fundamental trabalhem na perspectiva da formação de leitores, contando histórias aos seus alunos, lendo e disponibilizando obras para a leitura e manuseio de livros em via impressa ou digital, principalmente de literatura catarinense.
Enfim muito melhor do que termos um país de leitores, faz-se urgente termos um Estado de leitores e porque não em obras de literatura infantil catarinense.
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